Compositor: Martin J. Robinson / Márcio Buzelin
Ninguém sabia de onde ele veio
Eles apenas sabiam que ele veio
Calmamente ele caminhou até o fim do bar
E pediu um copo de gin
Bom, pude ver que ele não era um cara grande
Posso dizer que ele não era muito alto
Acho que ele tinha um metro e sessenta
E seu sotaque era do Texas
Ele disse que procurava dinheiro
Antes de ir para oeste
Disse que poderia fazer de tudo
Disse que poderia andar com os melhores
Em seus olhos azuis havia tristeza
Que vinha da necessidade de um amigo
E mesmo que tentasse, ele não podia controlar
A tristeza dentro de seu peito
Ele disse que trabalharia pelo inverno
Por um salário por mês e por comida
Eu comecei a dizer onde ele poderia arranjar emprego
Quando um rapaz entrou pela porta
Eu posso dizer que ele estava procurando encrenca
Pelo jeito que ele entrou pisando
Ele me disse para deixar o Baixinho por si só
Descer e esperar por um homem
Os olhos do baixinho se estreitaram
O sorriso sumiu de seu rosto
A gentileza que eu vira, sumira
E um olhar de ódio apareceu em seu lugar
Mas o grandão continuou lhe perturbando
E ele disse que era melhor eu ir
Procurar para ele alguns copos de leite
E talvez o Baixinho poderia crescer
Quando o baixinho falava, havia hesitação
Ele fez questão de que todos ouvissem
Calmamente ele saiu de perto do bar
E eu ainda me lembro suas palavras
Oh, está claro que você está procurando por confusão
Confusão é o que eu tento evitar
Se isso é o que você quer, então é o que você receberá
Porque cowboy, nós dois temos armas
Sua mão já estava posicionada
Com os pés afastados no chão
Eu não havia notado, mas em sua cintura
Estava uma magnum 44
Estava claro que ele estava pronto e esperando
Ele se inclinou um pouco para frente e disse
Quando me chamar de Baixinho diga Senhor meu amigo
Talvez você prefira estar morto
No local reinava um silêncio terrível
Enquanto o grandão pisava no chão
Toda a bebedeira parou e o badalar do relógio
Dizia que a morte esperaria mais dez segundos
Ele xingou algumas vezes bem baixo
E ele disse rosnando
Ninguém é Senhor para mim, baixinho!
E agarrou a arma sua cintura
Mas a mão do baixinho era como um raio
E a Magnum 44 era o mesmo
A 44 cuspiu e mandou chumbo e fumaça
E um rastro de fogo
O grandalhão não havia entendido nada
Derrotado antes mesmo de começar
Um pequeno buraco redondo apareceu em sua camisa
A bala havia passado certamente pelo coração
O Baixinho parou por um momento
E guardou a pistola 44
É sempre assim, nunca posso ficar
Calmamente andou até a porta
Ninguém sabia de onde ele vinha
Não esqueceriam que ele veio
Eles não esqueceriam como uma 44
Numa noite fez diferença em tamanho
Já eu, sempre lembrarei a tristeza
Mostrada nos olhos do homem
Se nos encontramos algum dia, você pode ter certeza que eu direi
Que sou eu, Sr. Baixinho, seu amigo